Em busca do tempo perdido: recomece sua empresa do zero

Ou as empresas aceleram para acompanhar as mudanças ou se tornarão irrelevantes

Toda empresa deveria repensar seu negócio pelo menos a cada dois ou três anos. E, se for necessário, começar tudo do zero, trocando de casca, como dizia meu saudoso sócio Júlio Ribeiro.

É o que pelo menos as mais antenadas estão fazendo: movimentando-se para encontrar caminhos novos, superar os desafios e com isso se manter ativas, rentáveis e valorizadas.

Toda empresa deveria repensar seu negócio pelo menos a cada dois ou três anos. E, se for necessário, começar tudo do zero, trocando de casca, como dizia meu saudoso sócio Júlio Ribeiro.

É o que pelo menos as mais antenadas estão fazendo: movimentando-se para encontrar caminhos novos, superar os desafios e com isso se manter ativas, rentáveis e valorizadas.

Segredos das empresas centenárias 

  • Ajustam o portfólio de negócios, acompanhando os avanços econômicos, com fusões, aquisições e investimentos.
  • Investem em pessoas e líderes, capacitam funcionários e têm a meritocracia como fator-chave.
  • Sobre os desafios da jornada digital, elas promovem uma cultura interna e migram de um negócio tradicional lucrativo para um modelo centrado no cliente.
  • Têm visão de longo prazo, recorrendo a estudos de mercado, mas são cautelosas em cenários incertos.
  • Mantêm os clientes no centro das decisões, pois sabem que, se perderem o consumidor, levará mais tempo e dinheiro para recuperá-lo.
  • Inovam sempre, conduzindo mudanças tecnológicas e apostando na colaboração com outras empresas.
    As vantagens das pequenas empresas
    É possível que os empresários que estão lendo esse artigo estejam em outro patamar; não são centenários, nem são gigantes, mas suas demandas e necessidades são muito semelhantes às dessas grandes corporações, já que buscam o mesmo alvo: clientes corporativos ou consumidores, sua perpetuação e valorização no mercado em que atuam.

Empresas pequenas têm vantagens; elas são mais leves em função de sua estrutura e com isso conseguem inovar, mudar de rumo, com mais facilidade. Por outro lado, sofrem de um mal crônico: a falta de dinheiro para investir nessas mudanças, além, muitas vezes, de certa dificuldade dos sócios em entender essa necessidade de aprimoramento e mudança constantes.

Sobre o investimento para essas mudanças, de fato muita coisa custa dinheiro, porém, muitas outras não demandam desembolso e sim atitudes. 

O foco precisa ser: olho no cliente, equipe de primeira linha, sócios comprometidos com o negócio e sua perpetuação, atenção à gestão financeira, investimento em tecnologia, inovação na forma de operar e na qualidade do produto a ser entregue, dos serviços ou dos manufaturados, e atenção especial às pessoas, o mais valioso ativo da empresa.

Problemas econômicos do Brasil
O Brasil vem passando por problemas econômicos e políticos há muito tempo. Com a Covid-19, a situação piorou. Isso prejudica muito nesse momento todo projeto de redesenho ou de mudanças no negócio, mas ao mesmo tempo o redesenho se torna imperativo.

Toda mudança envolve os funcionários e eles estão muito abalados emocionalmente, com perdas de renda, perdas de amigos e familiares e incertezas sobre seu emprego e sobre o futuro. Isso dificulta ainda mais os projetos de mudança.

Entendo, até por responsabilidade, que as empresas devem ter um olhar diferenciado neste momento. O afeto, a solidariedade, a compreensão, a generosidade, o abraço acolhedor vão ajudar em muito a superação dessa fase tão difícil. Melhorando o astral do funcionário, essa energia com certeza afetará positivamente a sua performance e com isso a empresa conseguirá estabelecer suas mudanças e objetivos com mais facilidade. 

Não é momento de pressão para atingir metas, aliás pressão nenhuma é solução; a pressão deve ser evitada, embora metas sejam importantes. Tentar recuperar o tempo perdido em curto prazo pode não funcionar devido à fragilidade das pessoas nesse momento. É preciso lutar pelas metas, claro, mas talvez buscar essa recuperação gradualmente, de forma que em um ou dois anos os objetivos voltem aos patamares ideais. 

Isso não impede a empresa de ficar atenta às oportunidades e de lutar por elas.

As turbulências, como sempre, passarão em breve. Porém deve-se ficar sempre atento, pois a cada cinco, seis anos aparece algum fato que desestabiliza tudo de novo. Nem todas as empresas conseguem se superar, por isso quebram.

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